[22.10.06]
Nossa Arte Capital
entao facamos um drama na grama. entao cantemos um soneto no espeto. entao invente! entao seja irreverente!
Vamos mudar o conceito de tudo hoje o dia nasceu pra mudar. Vamos inventar um jeito absurdo, vamos mudar o modo de se comunicar. Vamos pintar sete quadros, cada um com um soldado remando o luar...
Entao cante um viva a liberdade, a modernidade veio pra nos liberar. Fazer uma privada virar arte a modernidade veio nos brindar. O pos-moderno nem se fale, eh pura e absoluta liberdade... um simples risco sem vontade vira o apice da vaidade, oras, eh arte! eh arte! Outro viva a liberdade!
E a poesia? Quem se importa com as rimas? Foi-se o tempo dos sonetos, um poema de banheiro, um logo do letreiro, qualquer arruaceiro -dependendo do marketeiro- vira um bom "Paulo Coelho", o simbolo do escritor, bem sucedido e rico, que o capitalismo quer comprar.
Ah! Facamos drama na grama. Cantemos soneto no espeto. Dancemos um jazz-polca-flamenco. A arte eh tudo que o dinheiro pode comprar. Quem se importa com a arte? Vamos enlatar, mandar pra Hollywood e assisir comendo pipoca e tomando Coca Diet. E a rima dessa estrofe? Hm, eh nossa arte "strognoff"!
-drika.
por -drika amaral 9:37 PM
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